quinta-feira, 22 de maio de 2014

NA CAMA COM OS PAIS

Arquivo pessoal
          Quando decidimos ficar grávidos, o bebê já tinha local definido para dormir, seria no seu lindo quarto. Confesso que não achava certo o que minha irmã fazia. Dois filhos na cama do casal, jamais. Uma amiga levou a filha recém nascida para a cama. Gritei: "Nãooooo, você está loucaaaa." Nunca liguei para a questão do sufocamento da criança, sempre achei um exagero, mas e o casal? Onde fica a tal da intimidade que o casal precisa? E o marido, será que vai gostar? 

Ficamos sabendo que era menina. A Giulia teria um verdadeiro cantinho para ela. Antes de começarmos a decoração, convenci meu marido de mudar de quarto. Sim, fomos para o mais apertado porque queria que o armário combinasse com o berço. Tudo branquinho para acalmar o bebê. Ficamos meses escolhendo o adesivo que colocaríamos na parede. Decidimos por uma linda árvore com passarinhos. Perfeito. O berço e a cômoda eram dos meus sobrinhos, então, lá foi o papai consertar e pintar para que ficassem com cara de novinhos. 

Estava tudo pronto, mas já no fim da gravidez começava a pensar em colocá-la ao lado da minha cama. O berço vai para perto de mim, assim não preciso levantar para amamentar. Muito frio, acordar de madrugada, sair das cobertas, e caminhar até a Giulia... Estávamos em pleno verão. Será que vou conseguir dormir com a minha filha tão longe? Mas onde vou amamentar? Preciso de uma poltrona. Pesquisamos o preço e achamos todas muito caras. Lembramos da cadeira de balanço. Mas é muito dura. Não, definitivamente, não! Entrei em trabalho de parto e ainda não tinha decidido como seria a rotina noturna, e nem onde seria o descanso da minha filha.  

Depois de 48 horas, Giulia estava em nossos braços. Na primeira noite de hospital, foi para o berçário. Sim, parece cruel, mas eu precisava muito dormir depois da maratona do parto. Era madrugada quando deixaram a Giulia comigo e ela dormiu colada em mim.  Logo pela manhã, uma mulher bateu na porta e se apresentou como Andrea Santos, do Espaço Nascente. Beleza! Trabalha com o pediatra da minha filha.  "Oi vou te ajudar na amamentação e explicar algumas posições, vamos começar com amamentar deitada..." Não ouvi mais nada, "amamentar deitada, amamentar deitada, amamentar deitada..."parecia um mantra. 

Dia de alta e novos desafios. Há quase dois anos que papai e eu dividimos a cama com a nossa gatinha. E é uma delícia.   

Foto: desafiomamae.com.br
A história da família da Mari Marchesin é um pouco diferente. Ela e o marido levaram a Maria Eduarda para cama por conta do destino. Sim, é essa a minha releitura sobre sua história, rs. Maria Eduarda foi para a caminha quentinha dos papais pela primeira vez com mais de 3 anos. A mamãe conta que "...durante uma brincadeira, o estrado da mini cama quebrou e tivemos que acomodá-la em nossa cama..."Santa cama quebrada, acho que Maria Eduarda teria pensado. O compartilhamento prevaleceu.  Hoje Maria Eduarda fica um pouco no quarto dos pais e um pouco no dela.  "A princípio, ela despertava pouco tempo depois que estava em sua própria cama. Hoje, o tempo até este despertar tem durado mais, muitas vezes ela corre para a nossa cama faltando apenas uma ou duas horas até o horário de eu acordar. Acredito que a minha filha decida naturalmente dormir sozinha. "

Espaço Nascente
O pediatra da Giulia sempre incentivou a cama compartilhada.  Cacá fala do afeto, da segurança e do conforto.  Da criação com afeto, da segurança do bebê e da mamãe e do conforto na hora de
amamentar. E se mudou a intimidade do casal? Hoje respondo que vivemos em um perfeito triângulo amoroso. Afinal, onde nasce uma criança, nasce uma família. Não é isso, Cacá?

Queria agradecer a Mari Marchesin do blog http://www.desafiomamae.com.br e a equipe do Espaço Nascente que me ajuda a renascer como mãe todos os dias http://espaco-nascente.blogspot.com.br/.


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