terça-feira, 10 de junho de 2014

A CADEIRA MAL-ASSOMBRADA

Arquivo pessoal

Lugar de criança definitivamente é no banco de trás e segura pela cadeirinha.  Acidente com crianças dentro do carro é um dos mais comuns. O assunto é importante e sério.  Mas não precisa criar pânico, é só comprar a cadeira compatível com a idade e peso do seu bebê e seguir as instruções de uso. Fique de olho se tem o selo do Inmetro. Depois de seguro, agora basta manter seu filho confortável. Ai vem a parte difícil para algumas mães e este foi o meu caso. 

Giulia sempre reclamou da cadeirinha,  parecia desconfortável. Minha mãe falava que era culpa de uma costura que incomodava no meio das costas. Enfim, nunca tive certeza. Mas tinha algum mistério que rondava aquele objeto. Ela foi herança. Meus dois sobrinhos já tinham usado e era a mesma história, pareciam não gostar. A avó insistia "Esta cadeira tem algum problema, a Maria e o João também choravam muito." Abrimos, reviramos, despimos e nada, era uma cadeirinha normal, daquelas do tipo bebê conforto que fazia conjunto com o carrinho. Era a saga da cadeira mal-assombrada. 

O que acabou acontecendo foi que, por algumas vezes, eu, mãe de primeira viagem, aquela que sempre disse que nunca tiraria minha filha da cadeirinha, eis que tirei. Tinha dias que me sentia mais forte e conseguia aguentar o tranco de ver minha filha chorando, mas outros meu coração fraquejava e pronto lá estava ela no meu colo. Podem atirar pedras, sei que mereço. Arrisquei a segurança da minha filha. Fui fraca. Mãe nem sempre é esta fortaleza que falam.

Lendo e ouvindo várias histórias resolvi que isso não iria mais se repetir e fiquei firme. Com choro ou sem choro (rs) não sairia da cadeirinha. Mas eu estava ao lado. No banco de trás, fazendo malabarismos para dar o peito e impedir o berreiro. Pode imaginar todas as posições mais malucas porque fiz todas. Depois de passada a fase mais crítica, em que Giulia teve de aprender que não tinha nem choro nem vela, eu não iria mais arriscar a segurança dela, continuei por mais um tempo ao lado.

Alessandra Ramos
Voltando para o lance do seguro e confortável. Quando decidi escrever sobre este assunto, já havia superado tudo isso e comecei a conversar com outras mães. Alessandra é mãe de dois filhos e foi fantástica na estratégia. Ela conta que quando Nicolas, que hoje tem 3 anos, passou do bebê conforto para a cadeirinha, ela fez uma festinha dizendo que ele tinha ganhado uma cadeira maior porque já era grandinho. "Ensinamos como meninos grandes usam a cadeirinha. No começo não queria por o cinto, então, colocamos cachorrinho de protetor dos ombros, e dissemos que o carro não anda sem que todos estejam de cinto." Pronto, simples assim. Ah, e não termina por ai "toda a vez que ia colocá-lo na cadeirinha cantava a musiquinha: vamos para a nossa cadeirinha, para a nossa segurança." Tapa na minha cara é bobagem, né. Mas nem todo dia foi assim, como ela contou. "No comecinho teve uma vez que ele não quis colocar o cinto. Então, chorou, chorou até cansar..."Claro que nenhuma mãe gosta de ver o filho chorar, mas concordo com a Alessandra " as regras existem e são muito claras" e, na minha opinião, milhões de pontos para esta mãe. Afinal, não dá para arriscar com os nossos pequenininhos, né?

Depois de seguro e confortável agora é a hora de deixar tudo divertido. Giulia e eu perdemos pelo menos 40 minutos voltando da escolinha, mas na verdade resolvo ganhar 40 minutos. Tudo bem, que alguns dias ela aproveita para dormir, mas muitos cantamos, brincamos e nos divertimos. No site do Casa do Brincar li coisas muito interessantes para tornar a viagem de carro um momento para a família toda. E olha que não estou falando em DVD. Que tal contar uma história ou cantarolar músicas para seu filho? E mais ainda, brincar com a imaginação? "Giulia, que animal faz este som pio pio pio?" Ela responde: "Pio, pio, memeimmm" "E este? Miau miau...""Miau memeim" e por assim vai. Alessandra também faz o mesmo com Nicolas. "Nós interagimos muito com ele, principalmente, conversamos sobre onde estamos indo e o que vamos fazer. Procuramos por guindastes, caminhões enormes..." E é isso ai. 

Depois de alguns erros, resolvi acertar e por isso decidi escrever sobre a história da cadeirinha mal-assombrada, rs. Não é fácil admitir nossas fraquezas, mas é bom dividí-las para que nenhuma mãe se sinta sozinha na batalha.  



quinta-feira, 5 de junho de 2014

SER FELIZ E SAUDÁVEL


Você acredita em coincidência? Eu acredito em estar aberto para algo. Quando decidi assistir a palestra do Homeschooling, no Espaço Nascente, assunto do post anterior, pouco sabia sobre o tema. Mas alguma coisa me fez acordar no sábado de manhã e melhorar o meu conhecimento sobre a educação que quero proporcionar para minha filha. O que Giulia será quando crescer? Que caminho vai seguir? Que profissão terá? Será que tudo isso é importante? O que é certo e o que é errado? Não sei se consegui responder todas estas perguntas, mas a pulga ficou atrás da minha orelha. 

Voltando na coincidência. Ontem, meu marido chegou do trabalho e mostrou este vídeo. Por que só agora Logan? Será que estaria preparada para entender este depoimento antes da palestra? Logan é um adolescente que desde os 9 anos está fora do sistema tradicional de educação. E o resultado? É este que você vê no vídeo acima.  

Então, vamos lá. Recado para Giulia!

Filha, prometo ajudar na sua caminhada e fazer de tudo para proporcionar sua felicidade. Prometo ouvir o que você tem a me dizer e entender os sinais de suas necessidades.  Não lhe privar da sua infância e nem da sua criatividade e imaginação.  Prometo respeitar os seus limites e abraçar os seus desafios. Não terei medo de ver você seguir e sempre estarei de braços abertos para te receber. E quando errar, saiba que estava tentando acertar. 

terça-feira, 3 de junho de 2014

HOMESCHOOLING

Espaço Nascente
Por quatro anos da minha vida fui um número. Variava entre o 130 e 140. Entre 300, era considerada mediana. Nunca gostei deste título, mas era assim que funcionava em um dos colégios que estudei. A lembrança que levo desta época era de medo. Medo de fazer a prova, medo de ver o resultado e medo de não passar de ano. Era um colégio famoso por aprovar muitos no vestibular da USP, mas eu não passei. Sempre soube que o objetivo dos meus pais era me preparar para o futuro. Eles queriam o melhor para mim. 

Passados alguns anos virei mãe. Quando decidi que a Giulia iria frequentar uma escolinha, procurei e não achei. Minha mãe ficou com ela um ano e pouquinho. A experiência com a vovó foi maravilhosa, mas era hora de começar a andar sozinha e fiz a matrícula. A adaptação foi tranquila e ela adora estar com os amiguinhos e os professores. Mas será sempre assim? Não sei. 

Foi na última consulta no Espaço Nascente que o Cacá comentou sobre a necessidade de ver se a criança gosta ou não da escola. Lembro que ele falou algo do tipo "precisamos enxergar os sinais que nossos filhos nos dão." O alerta era claro, a escola tem de ser a que seu filho se sinta bem. O recado me remeteu ao passado e hoje é óbvio que o colégio onde passei quatro anos não era o melhor para mim. 

Espaço Nascente
Foi isso que me impulsionou a conhecer o Homeschooling. Para quem não sabe, são famílias que escolhem ensinar seus filhos em casa. E por quê? Porque as escolas são cheias de falhas. Neste último sábado, Giulia, Vicente e eu fomos conversar com a Karen Mortean, no Espaço Nascente. E  uma das primeiras coisas que ouvi foi "quem é melhor do que a mãe para saber o que é bom para o filho". Concordo e assino embaixo. Mas será que isso é para minha família? Essa é a primeira pergunta que devemos responder antes de se aventurar a nova experiência. 

Karen tem quatro filhos e largou a profissão de enfermeira para se dedicar integralmente a família. E em relação a rotina dela? Não parece um bicho de sete cabeças, mas é preciso uma certa disciplina, que ela mesma confessa não ser sempre perfeita. E não é preciso estudar 6 horas por dia, basta 40 minutos.

Espaço Nascente
Durante a roda de conversa, a imagem de poder ensinar a minha filha da minha maneira e respeitando os limites dela, foi muito confortante. Fato é que a escola não respeita a individualidade do aprendizado e cada um tem o seu jeito e o seu tempo para assimilar os ensinamentos. Sempre precisei rabiscar para manter minha atenção voltada para a professora, mas por muitas vezes não fui compreendida.  Esse é meu jeito de aprender. Será que a Giulia vai ser assim? Vão saber respeitar? 

Minha preocupação girava em torno da socialização. Mas e o contato com as outras crianças? A Giulia aprendeu tanta coisa desde que foi para a escolinha. Saber dividir brinquedo, não é um ensinamento? Sim, tudo isso tem no homeschooling. Na verdade, aprendi que o contato com outras crianças e, o mais importante, com outras pessoas, sejam adultos, idosos pode se ter em praças, parques e até nos encontros semanais com outros homeschoolers. 

Ah, já estava esquecendo da questão legal. No Brasil, o homeschooling não é regulamentado, ou seja, é necessário ficar bem informado e se associar a outras mães para não ter problemas mais tarde. No Canadá e EUA a prática é bastante comum e muito eficaz. 

Mas será que isto é para minha família? Ainda não sei responder esta pergunta. Talvez opte em escolher melhor a escola da Giulia. Não quero cometer o mesmo erro dos meus pais, mesmo sabendo que eles estavam tentando acertar.  Independentemente da minha decisão, aprendi a respeitar muito estas famílias que decidem pelo ensino domiciliar.  E nada ainda está descartado para mim.

Como dar o primeiro passo? Vale entrar em contato com a Karen Mortean, através do blog diarioescolar.com, e acompanhar um pouco do que é ser homeschooler. Existe também a ANED, Associação Nacional de Educação Domiciliar, que poderá esclarecer bastante coisa.  É bom ficar atento na programação do Espaço Nascente espaco-nascente.blogspot.com.br/, que repetirá a dose de palestras sobre o assunto. 










quarta-feira, 28 de maio de 2014

MAMUSCA

Já que o tema destes próximos dias é a Semana Mundial do Brincar, coloco a dica do meu amigo e colega de trabalho Leandro Manço.  Vamos brincar com a Manuela....

Acho que foi a primeira vez que minha filha pisou na areia. E ela curtiu a nova sensação! O Mamusca consegue reunir, num espaço adequado, características de meio ambiente (praia e plantas, por exemplo), e de uma escolinha, com muitos tipos de brinquedos. O local é bem arborizado, iluminado e seguro. E o principal é a interatividade com crianças de todas as idades. Como a Manuela era muito pequena, não conseguiu interagir com os maiores, mas, o que vi, foi uma molecada correndo e se divertindo. Há monitores que ajudam, por exemplo, na hora da criançada fazer “arte” e pintar. As apresentações teatrais são bem apropriadas para a criançada. Minha filha adorou a atividade com músicas e exercícios com os pais participando. Minha esposa e eu também. Uma educadora corporal orientou as brincadeiras. Durante meia-hora, cantamos e fizemos atividades físicas juntos com outros pais e filhos. Ao final, há o momento de descanso, em que fechamos os olhos ao som da música Vagarinho. Uma sensação de bem-estar e acolhimento. Existem outros tipos de atividades que variam um pouco. Para os papais e mamães, têm refeições e sanduíches sofisticados com preços justos para a região nobre de Pinheiros. Na sobremesa, um delicioso bolo de cenoura com geléia brindou a tarde ensolarada daquele sábado em família.


O Mamusca é um lugar para os pequenos e os grandes onde todo mundo se diverte junto. Tem brincadeiras, oficinas e um espaço bem bacana para a família. Como funciona:

QUANTO CUSTA DURANTE A SEMANA
PEQUENINOS (1 A 36 MESES)
Espaço de Brincar: R$ 15 por hora
Oficinas: R$ 45 por oficinaPEQUENOS (2 A 6 ANOS)
Espaço de Brincar + Ateliê Aberto: R$ 15 por hora
Cursos com matrícula: R$ 180 por mês (1x/ semana)
GRANDES (ADULTOS)
Adulto extra: R$25 (valor único)
Atividades: Consulte grade horária e valores
Escola de Pais: Consulte agenda e valores
QUANTO CUSTA AOS SÁBADOS E FERIADOS
Espaço de Brincar + Ateliê Aberto: R$ 25 por hora
Oficinas: R$ 45 por oficina
À vontade: R$ 75 (pra fazer o que quiser e ficar o quanto quiser)
Adulto extra: R$ 25 (valor único)

segunda-feira, 26 de maio de 2014

BRINCANDO


Arquivo pessoal
   Será que vou saber brincar? Sempre tive esta preocupação, mesmo antes de ter a minha filha.  Parece tão difícil brincar nos dias de hoje. Haja criatividade para competir com tantos equipamentos eletrônicos. Do que vou brincar? Do que ela vai gostar? Será que conseguirei ser uma mãe divertida? Coloco ou não minha filha para assistir Galinha Pintadinha? Ela não vai mexer no computador antes dos 15. Contarei histórias todos os dias para ela dormir, assim pegará gosto pela leitura. Ipad, jamais. Como farei ela entender que canetinhas só serão usadas em papéis, nada de paredes? Tinta guache, será? Só darei brinquedos educativos, nada de eletrônicos.  Durante a gestação tinha ideias fixas, mas muitas dúvidas. No entanto, quando ela nasceu, resolvi tomar decisões com o coração.

Giulia adorava Galinha Pintadinha, hoje prefere Peppa. Teve o primeiro contato com um Ipad aos 3 meses.  Gosta de sentar em frente ao computador comigo e assistir um desenho, enquanto a mamãe trabalha. Ainda não brincou com tinta guache, mas já desenha nos azulejos do banheiro com giz de cera. Ama que eu leia livro para ela, mas quem dorme primeiro sou eu. Brinca muito de "eu vou te pegar...", mas divide a preferência no "achouuuu memeimmm".  Tem dia que basta um papel e caneta para alguns minutinhos de distração, outro requer mais disposição e é neste que colocamos Palavra Cantada e dançamos e cantamos muito. Gostamos das brincadeiras de roda! No quintal, corremos atrás do nosso gato Rubio.

Mas será que sou uma mãe que brinca o suficiente com a filha?

Arquivo pessoal
Sei que brincar é estimular e um direito da criança. Mas nem sempre chego do trabalho com o pique que a Giulia espera. E o que fazemos? "Peppa, memeimmmm"Deito com ela e assistimos três episódios. Delícia de programinha. Pilhas recarregadas para encararmos a rotina de forma divertida.  Banho, jantar e até a limpeza da cozinha, rs.

Por que estou falando disso? Porque estamos na Semana Mundial do Brincar e não existe data mais apropriada para pensarmos se estamos interagindo com nossos filhos.  Por conta disso, pedi para algumas mamães contarem quais são as brincadeiras favoritas delas e dos filhos.


Cintia Collis Bernardi, mãe de Cauan e Eron
Um momento família que amamos é quando nos unimos e brincamos de jogo da memória! Um momento que nos unimos, damos risadas e vemos o quanto nossos filhos dão uma "lavada" em nós adultos. Momento família que fazemos questão de ter.




Rita Lisauskas, mãe do Samuca
Foto: Rita Lisauskas
A brincadeira preferida do Samuca é pintar com tinta. Confesso que não é toda hora que posso abrir a varanda, proteger a mesa com jornal, trocá-lo de roupa e abrir um monte de potinhos coloridos. Tenho também que providenciar panos para a limpeza dos pincéis, potinho com água e muitas e muitas folhas. Pelo menos aos fins de semana brincamos assim. Ele sempre me pede para brincar junto e depois que as folhinhas secam ganho um beijo e um desenho de presente. Quer coisa melhor. 



Foto: Ana Claudia Paulo
Ana Claudia Paulo, mãe de Nina e Pedroca
Como o Pedro é muito hi-tech, a gente joga alguns joguinhos juntos no computador, pois no DS e Wii eu sou muito ruim, rs. No Sesc, a gente joga sinuca, pebolim... E nas refeições a gente brinca de "Arruda"quem arrota tem o direito de bater na testa dos outros e gritar "Arruda", salvo se o outro colocar a mão na testa antes, fazendo uma espécie de chifrinho de urnicórnio. Não pergunte a lógica disso, foi a Nina que inventou.  Gostamos de inventar palavras, nome das coisas e também os jogos de tabuleiros ou cartas.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

NA CAMA COM OS PAIS

Arquivo pessoal
          Quando decidimos ficar grávidos, o bebê já tinha local definido para dormir, seria no seu lindo quarto. Confesso que não achava certo o que minha irmã fazia. Dois filhos na cama do casal, jamais. Uma amiga levou a filha recém nascida para a cama. Gritei: "Nãooooo, você está loucaaaa." Nunca liguei para a questão do sufocamento da criança, sempre achei um exagero, mas e o casal? Onde fica a tal da intimidade que o casal precisa? E o marido, será que vai gostar? 

Ficamos sabendo que era menina. A Giulia teria um verdadeiro cantinho para ela. Antes de começarmos a decoração, convenci meu marido de mudar de quarto. Sim, fomos para o mais apertado porque queria que o armário combinasse com o berço. Tudo branquinho para acalmar o bebê. Ficamos meses escolhendo o adesivo que colocaríamos na parede. Decidimos por uma linda árvore com passarinhos. Perfeito. O berço e a cômoda eram dos meus sobrinhos, então, lá foi o papai consertar e pintar para que ficassem com cara de novinhos. 

Estava tudo pronto, mas já no fim da gravidez começava a pensar em colocá-la ao lado da minha cama. O berço vai para perto de mim, assim não preciso levantar para amamentar. Muito frio, acordar de madrugada, sair das cobertas, e caminhar até a Giulia... Estávamos em pleno verão. Será que vou conseguir dormir com a minha filha tão longe? Mas onde vou amamentar? Preciso de uma poltrona. Pesquisamos o preço e achamos todas muito caras. Lembramos da cadeira de balanço. Mas é muito dura. Não, definitivamente, não! Entrei em trabalho de parto e ainda não tinha decidido como seria a rotina noturna, e nem onde seria o descanso da minha filha.  

Depois de 48 horas, Giulia estava em nossos braços. Na primeira noite de hospital, foi para o berçário. Sim, parece cruel, mas eu precisava muito dormir depois da maratona do parto. Era madrugada quando deixaram a Giulia comigo e ela dormiu colada em mim.  Logo pela manhã, uma mulher bateu na porta e se apresentou como Andrea Santos, do Espaço Nascente. Beleza! Trabalha com o pediatra da minha filha.  "Oi vou te ajudar na amamentação e explicar algumas posições, vamos começar com amamentar deitada..." Não ouvi mais nada, "amamentar deitada, amamentar deitada, amamentar deitada..."parecia um mantra. 

Dia de alta e novos desafios. Há quase dois anos que papai e eu dividimos a cama com a nossa gatinha. E é uma delícia.   

Foto: desafiomamae.com.br
A história da família da Mari Marchesin é um pouco diferente. Ela e o marido levaram a Maria Eduarda para cama por conta do destino. Sim, é essa a minha releitura sobre sua história, rs. Maria Eduarda foi para a caminha quentinha dos papais pela primeira vez com mais de 3 anos. A mamãe conta que "...durante uma brincadeira, o estrado da mini cama quebrou e tivemos que acomodá-la em nossa cama..."Santa cama quebrada, acho que Maria Eduarda teria pensado. O compartilhamento prevaleceu.  Hoje Maria Eduarda fica um pouco no quarto dos pais e um pouco no dela.  "A princípio, ela despertava pouco tempo depois que estava em sua própria cama. Hoje, o tempo até este despertar tem durado mais, muitas vezes ela corre para a nossa cama faltando apenas uma ou duas horas até o horário de eu acordar. Acredito que a minha filha decida naturalmente dormir sozinha. "

Espaço Nascente
O pediatra da Giulia sempre incentivou a cama compartilhada.  Cacá fala do afeto, da segurança e do conforto.  Da criação com afeto, da segurança do bebê e da mamãe e do conforto na hora de
amamentar. E se mudou a intimidade do casal? Hoje respondo que vivemos em um perfeito triângulo amoroso. Afinal, onde nasce uma criança, nasce uma família. Não é isso, Cacá?

Queria agradecer a Mari Marchesin do blog http://www.desafiomamae.com.br e a equipe do Espaço Nascente que me ajuda a renascer como mãe todos os dias http://espaco-nascente.blogspot.com.br/.


terça-feira, 20 de maio de 2014

EU FUI NA VIRADINHA


          Quem levou o filho na Viradinha coloca o dedo aqui que já vai fechar... No post de hoje, as mamães que aproveitaram com seus filhos na Praça Roosevelt contam o que acharam.

Foto: Mariana Gomes Carvalho

Yara Tropea, mãe de Pedro, de 7 anos, e Luiza, de 1 ano e meio, na Viradinha.
Foto: Yara Tropea
Novamente, como no ano anterior, notícias de mortes, facadas e tiros assombraram quem estava pensando em ir pro centro com os filhotes. Dessa vez, eu estava tranquila. Sei que tenho cuidados a tomar, mas sabia que valia a pena. Fomos cedo. Ajeitei Luiza em um canguru que eu tinha aqui, coloquei troca de roupa, casaco para os três, bolacha de arroz, maçã, água, lenço umedecido, fralda, cartão do ônibus e 100 reais em uma mochilinha e fomos. Pedro curte até o ônibus. Só sentimos clima de virada quando desembarcamos na República. Senti falta de sinalização pra melhor saída e muitas pessoas estavam deitadas e algumas brigavam com os guardas metropolitanos. Tinha uma tensão que eu não gostei e saímos logo dali. Já na rua, o clima era delícia. Demos de cara com o ônibus que ensina a dançar e foi curioso ver um monte de gente ensaiando os passos na frente do Love Story. Seguimos e nos deparamos com a Roosevelt toda cheia de fitas. O parquinho tinha balanço com bola, percurso com faixas, espaço de contação da Kiara Terra e a ajuda dos monitores do Mamusca. Subindo as oficinas pra crianças de 0 a 10 anos. Pedroca fez a que criava uma cidade de papelão. Daí assistimos ao Tiqueque e dali fomos ao palco principal porque tinha apresentações circenses. Voltamos para deixar Pedro na oficina que criava uma parede de instrumentos musicais construídos por eles e fui tentar dar comida pra Luiza que nessa hora já tinha muita fome. As barraquinhas tinham escondidinho, macarrão com caldinho de feijão, tabule e sopa de abóbora. Estava tudo muito gostoso e não tinha muita fila. Dali, peguei o Pedro e fomos tentar achar um lugar pra ele comer, já que ele é meio pentelhinho pra isso. Sanduíche de pernil e uma volta na feira peruana que acontecia ao lado da igreja. Voltamos pra aérea principal e Pedro se encantou com a Chiara Terra. Só queria ficar lá. Dessa vez tinha trocador e aproveitei pra deixar Luiza mais limpinha pra fazer um soninho. Procuramos pela pistinha enquanto esperávamos pelo Pato Fu, mas a chuva chegou antes. 

Foto: Leila Roma
Leila Roma, mãe de Mateus, de 3 anos
Gostei muito da programação da Viradinha Cultural deste ano, principalmente do Palco Pocket, pois meu filho de 3 anos ama o Tiquequê. Adorei que o local era coberto, pois protegeu tanto do vento frio na parte da manhã quanto do sol na hora do almoço. Queria muito ter assistido o Pato Fu, mas não dava para passar o dia inteiro lá. Fiquei bem pouco tempo no palco principal, até porque as atividades circenses não entreteram meu filho. O local estava bem organizado, com bastante segurança, mas acho que ainda faltou infraestrutura melhor para crianças. O único momento que tentei comprar um pão de queijo pra ele, tinha acabado. O escondidinho estava congelado e o bolo um pouco duro. Só restou a opção de irmos embora para almoçar. Antes disso, tentamos ir ao banheiro químico. Mas, sinceramente, não tive coragem de entrar com ele. E claro, como menino, acabou fazendo no muro, igual a várias outras crianças que vi fazendo também. A única coisa é que meu filho saiu frustrado por não conseguir fazer nenhuma oficina. Ele adora atividades manuais, mas as três vezes em que tentei pegar senha não conseguimos. Já estava lotada e a próxima sessão iria demorar. Mas, no geral, é um evento ótimo para as crianças e que recomendaria para minhas amigas no ano que vem.